sábado, 10 de novembro de 2007

A sua descrição, a sua personagem?


Sinto o chão quente,
cada vez ferve mais...!

Cada parte do seu corpo
tornava-se cada vez mais fria,
andava mais e mais e tudo lembrava,
já que tudo esquecia.


As suas mãos,
vazias,
eram um traje de tudo á sua volta...
Mais um passo e menos um passo,
Menos um passo e mais um passo,
O coração era música e ficara pra trás.
A sua lágrima era chuva e caía do céu...
Iria embora como uma nuvem,
como a noite,
como o dia
e voltaria como grito e transtorno dos mundos.
Os seus pés descalços,
a sua visão nua
e o seu corpo
lembravam-me o de um cavaleiro na guerra.
As suas chagas eram a sua armadura
Não esperava a sua vida,
Fazia esperar uma vida e congelava emoções num infinito paralelo
onde tudo era objectivo,
e, quanto mais subjectivo fosse,
mais longe e alto poderia ir
e o chão continuava quente e fazia arder,

a sua alma fria...


E um terramoto na sua mente
era a única partida
repartida entre seguir a luz lacrimejante dos seus olhos
ou sentir os seus pés
a queimarem no sangue
dos que não souberam o que era dor.

Não uma dor qualquer,
a dor da alma,
o sinónimo de morte!











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