sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Se as borboletas falassem...


Se as borboletas falassem, falariam sobre um mundo turvo e falível e zombariam de nós com uma ironia encantadora.


Se as borboletas falassem, mostrariam a importância dos olhares sinceros, da lua e do sol sob a pele e de tudo que podemos dizer, fazer e sentir em breves momentos.


Se as borboletas falassem, ensinavam-nos a repassar com mais frequência e real gosto os nossos ensinamentos sobre o que realmente nos faz feliz em pequenas coisas, mostrando os nossos gostos e multiplicando boas atitudes, como o pólen que espalham por aí. Mostraríamos sempre o que nos agrada noutra pessoa e o que há de lindo e colorido na sua personalidade e na natureza; sabendo exactamente o que diferenciar.


Se as borboletas falassem, ensinavam-nos a ser leves de espírito: a não guardar rancor e só dizer a verdade[a verdade que não deve ser ocultada, não a verdade dispensável...essa pode falhar de vez em quando], exactamente como vemos e somos; como se os nossos pensamentos reflectissem as nossas cores e todos pudessem vê-las e, assim, todos entenderiame ninguém poderia julgar-nos e julgar o que também sentem e pensam…


Se as borboletas falassem, contariam de quando, uma vez lagartas rastejantes, esperam incessantemente a difícil condição de entrar no casulo e sentir a dor da evolução [mas é uma dor positiva, benéfica] se não, não voariam e mostrariam como são importantes e têm em seu poder a liberdade, em todos os sentidos.


Se as borboletas falassem, mostrariam a beleza de cada canto mínimo: os pequenos detalhes pessoais de cada um,traços e actos, sempre diferentes uns dos outros e veriam a diferença que o encanto traz a cada uma destas pequenas cenas, aqueles que os grandes olhos preocupados com “grandes coisas” não vêm... Contariam o quão belo é cada momento real: da brisa ao brilho dos olhos, ao esboço de um sorriso, ao sol encantador, á paz de cada noite, ao bater das asas, ás cores mínimas de cada bocadinho delas e de cada fio de cabelo e vestígio de olhos vistos a 1centímetro de ti mesmo.


Se as borboletas falassem, não viveriam mais de um dia.


Por isso nem as rosas, nem as borboletas falam. Pelo menos não a vossa língua....

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Arte.


Edvard Munch; Um dos precursores do expressionismo alemão.
" The sun" ( a pintura que eu mais gosto dele. )

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Nietzsche



Nietzsche - século XIX - ROMANTISMO:



  • Apetência pelo trágico e pelo pessimismo

  • Adopção de alguns principios do BUDISMO, sendo estes o Karma e o Nirvana.

  • Criticava o cristianismo - afirmava que moral cristã="moral do rebanho"

  • Criticava a Ciência - dizia que esta era racional e limitada, enquanto que a Arte não.





IDEIAS de Nietzsche:

O seu estilo é aforismático, escrito em trechos exactos, muitas vezes de uma só págin. Muitas das suas frases tornaram-se famosas, sendo repetidas nos mais diversos contextos, gerando muitas distorções e confusões. Algumas delas:
"Deus está morto. Viva Perigosamente. Qual o melhor remédio? - Vitória!".
"Há homens que já nascem póstumos."
"O Evangelho morreu na cruz."
"A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada."
"Quando se coloca o centro de gravidade da vida não na vida mas no “além” - no nada -, tira-se da vida o seu centro de gravidade."
"Para ler o Novo Testamento é conveniente calçar luvas. Diante de tanta sujeira, tal atitude é necessária."
"O cristianismo foi, até o momento, a maior desgraça da humanidade, por ter desprezado o Corpo."
"A fé é querer ignorar tudo aquilo que é verdade."
"As convicções são cárceres."
"As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras."
"Até os mais corajosos raramente têm a coragem para aquilo que realmente sabem."
"Aquilo que não me destrói fortalece-me"
"Sem música, a vida seria um erro."
"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a musica."
"A moralidade é o instinto do rebanho no indivíduo."
"O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno."
"Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder."
"Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos."
"Quanto mais me elevo, menor eu pareço aos olhos de quem não sabe voar."
"Se minhas loucuras tivessem explicaçoes, não seriam loucuras."

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Sentei-me, inclinei-me e disse:

-Tu ainda és um jovem burro e preocupado com tendências da moda, rótulos e padrões.

-Tu ainda não cumpriste aquelas promessas,
sim, aquelas que fizeste aos teus pais e secalhar até foi de boca pra fora mas que contam;
nem melhoraste 2,5% do que lhes prometeste.

-Tu ainda não sabes distinguir amor de amizade/carinho;isso é resultante talvez dessa insegurança interna.

-Tu ainda não admites 30% do que és, iludes-te com 40% e os que sobram são instáveis,já que a tua cabeça é um turbilhão...só confusão.

-Tu mesmo que nem sempre queiras, ainda julgas alguma coisa sem saberes e ages dependendo das pessoas á tua volta.

-Tu ainda manténs relacionamentos de aparências,iludes-te e continuas a iludir.

-Tu [homem ou mulher], ainda tens conceitos machistas.


E agora és como hãn? Provavelmente, diferente disto tudo q acabei de dizer. E se não és, não o assumes.



Calma, é só uma mensagem! Não quero ninguém nervoso!
Dentro de ti, há uma vontade absurda de viver que, com tanta informação, confunde-se;
causa-te reacções imaturas, não por julgar o melhor modo de alguma coisa, porque o melhor modo tu é que o fazes, mas sim porque não tentas ver-te, para além dos olhos, e valorizares-te a 100%. Assim respeitarás o que realmente queres e sentes, vivendo assim dessa maneira, independentemente de alguém te aceitar na sociedade e de seres tão popular.
Deixa isso, sê mais feliz do que és enquanto te preocupas demais com quem não importa...

Tu tens a oportunidade, agarra-a!

Completo, já!
fim?.
Não,
tu erras,
eu erro,
nós erramos.

E a vida é uma constante conjugação desse verbo: ERRAR!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Karma, Nirvana..............sociedade..........

O Karma é real, sim.
Real para mim, real na mente de muitos, real até onde queremos q seja.
Não preciso de seguir uma religião para o dizer...
Só preciso de saber entendê-lo, estudá-lo, o tempo e ele encarregar-se-ão do resto...
embora não dirija a minha vida para o melhor caminho,
mas mesmo assim,eu digo que acredito!
ACREDITO no karma!
Não sou budista,mas antes isso que cristã, sem ofensa a quem o for...!

Algo como o KARMA que é tudo o que nos acontece, tudo o q somos ou pensamos não pode ser por acaso!
Ou será q pode?
Não...
Algo que existe, sempre existiu e talvez existirá.

Mas será que quem não acredita nele acha que pode enganá-lo?
O destino q nos foi traçado ou não foi;
simplesmente é um facto...!



Até tentas atingir o Nirvana...
pensas ser quem pensa não saber quem é,
e eu concordo porque ninguém sabe realmente quem é.
e se sabe é apenas a sua mente a tentar enganá-lo/a porque ninguém se conhece, na verdade...
nem a partir do quê/quem foi criado...
e não falo do corpo,
esse arde, sufoca, parte-se, morre!

EU menciono e alimento o espírito e a nossa beleza interna,
não consigo escrevê-la; pensá-la talvez consiga.
Isolas-te do Mundo, das coisas físicas e apalpáveis,
ligas-te á invisibilidade no Mundo,
invisiveis apenas para quem não sabe ver,
apenas olha,
felicidades se gostam do que observam!
felicidades se gostam de superficialidades!
felicidades se gostam da mentira da nossa política e da capacidade auto-destrutiva de cada um!felicidades se querem continuar cegos a observar apenas o que vos interessa!
felicidades se continuam com a merda do preconceito.
Ganhem.
Esmurrem-se.
Não me chateiem.

Mas eu sei ver e sei que se te esforçares
consegues separar a tua mente do teu corpo.
Afastas-te da sociedade porque esta é putrefacta
e não suportas a hipocrisia dos olhares de "Boa sorte" ou dos sorrisos de "Bom dia".
Mas,
esta repulsa que sentes e que sinto,
por aqueles que te enganam,
que pisam em cima da tua auto estima
e destroem algo que,com dedicação construiste,
é capaz de não ter fim,
não sou capaz de formar palavras q contem a história dos meus sentimentos pela sociedade,
apenas gostaria que esta fosse humana.


Se queres e se és forte,
tenta atingir o Nirvana,e não estou a falar de Kurt Cobain,
nem de bandas.
estou a falar de algo esplendoroso,
algo que não se define,
que te cega e te enerva por não o conseguires atingir.
Nirvana é conseguires,essa libertação pela qual esperamos,
desde a nossa mísera existência.
Espero porque quero sentir-me livre,
não consigo porque,
apesar de tudo,o corpo limita-nos,traça-nos um risco que não podemos ultrapassar,

mas se o consegues atingir
nem q seja com a ponta do dedo,admiro-te!

E secalhar até ninguém entendeu,
mas eu sim!
Continuo as contradições,
as propositadas pseudo-filosofias,
as minhas verdades,
as minhas realidades,
eu,que posso ser estranha
mas voces são a sociedade!

Eu recuso-me.

FREEDOM!

sábado, 10 de novembro de 2007

A sua descrição, a sua personagem?


Sinto o chão quente,
cada vez ferve mais...!

Cada parte do seu corpo
tornava-se cada vez mais fria,
andava mais e mais e tudo lembrava,
já que tudo esquecia.


As suas mãos,
vazias,
eram um traje de tudo á sua volta...
Mais um passo e menos um passo,
Menos um passo e mais um passo,
O coração era música e ficara pra trás.
A sua lágrima era chuva e caía do céu...
Iria embora como uma nuvem,
como a noite,
como o dia
e voltaria como grito e transtorno dos mundos.
Os seus pés descalços,
a sua visão nua
e o seu corpo
lembravam-me o de um cavaleiro na guerra.
As suas chagas eram a sua armadura
Não esperava a sua vida,
Fazia esperar uma vida e congelava emoções num infinito paralelo
onde tudo era objectivo,
e, quanto mais subjectivo fosse,
mais longe e alto poderia ir
e o chão continuava quente e fazia arder,

a sua alma fria...


E um terramoto na sua mente
era a única partida
repartida entre seguir a luz lacrimejante dos seus olhos
ou sentir os seus pés
a queimarem no sangue
dos que não souberam o que era dor.

Não uma dor qualquer,
a dor da alma,
o sinónimo de morte!











sexta-feira, 9 de novembro de 2007

A luz perto, longe, eterna!







Será q tenho que resgatar o sangue dos meus cortes?

enquanto beijo o teu sangue com força,

suavidade...

de quem oferece a luz.



Preciso de renegar todas as chagas sobrepostas por este abraço!

Preciso de unir todo o amor que quero descobrir nestes traços;

e no acaso que um dia sonhei

e hoje é guia e explode em pedaços...

luminosos nos meus olhos,

junto aos teus,

que se fecham e se abrem...

constantemente...!



Estes lábios mostram sangue pisado,

proveniente de uma luta interna...!

Sinto os meus braços aprofundarem-se nos teus,

enquanto arde, arde-me o coração

e arrisco acariciar as marcas do nosso interior...!



No teu abismo e com o abrir dos teus olhos,

abre-se,

no teu coração, um palpite.

Torcendo as mãos em desespero comum,

palavras sussuradas,

confessadas,

risos abafados numa única lágrima escondida,

e agora escolhida,

para viver,e morrer.



Perna longe da perna,

Cabelos confundem-se,

calmos,

um retrato na diagonal...

e as voltas dadas no roçar nas tuas costas,

manchadas de tinta.


A preocupação a calar...calar...calar...

morreu!

O nosso interior,são os espinhos cravados,

no coração aflito,

que dissera como os olhos revelam a luz!


Desaparece essa nuvem,

consigo ver o teu véu...a cair...

Segura-o forte até libertares a tua vida,

algema-o e sente abraçar-te

sem dor imóvel de dentro para fora.



Fecha os olhos,

ja viste a luz e esteve longe,

perto,

e por dentro, retrato infinito!




Apaga.





Dorme bem.



A unica a brilhar...

a luz na escuridão,

é isso que te torna tão especial..

a tua diferença...






quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sons do silencio....

Achei interessante este texto q retirei de um blog qualquer....
Aqui vai:
" Um rei mandou o seu filho estudar no templo de um grande mestre com o objetivo de prepará-lo para ser umagrande pessoa. Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre mandou-o sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta. Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o mestre pediu-lhe para descrever todos os sons que conseguira ouvir. Então disse o príncipe: "Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus..." E ao terminar o seu relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse á floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível.Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu á ordem do mestre, pensando: "Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta..."
Por dias e noites ficou sozinho a ouvir, a ouvir, a ouvir... mas não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam.Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz.Pensou: "Estes devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse..." E sem pressa, ficou ai a ouvir, ouvir... pacientemente.
Queria ter certeza de que estava no caminho certo. Quando retornou ao templo, o mestre perguntou-lhe o que mais conseguira ouvir.Paciente e respeitosamente o príncipe disse: "Mestre, quando prestei atenção pude ouvir o inaudível som das flores quando se abrem, o som do sol a nascer e a aquecer a terra..."
O mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse: "Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, os seus sentimentos mudos, os seus medos não confessados e as suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor; entender o que está errado e atender as reais necessidades de cada um.
A morte de uma relação começa quando as pessoas ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem se atentarem ao que vai no interior das pessoas para ouvir os seus sentimentos, desejos e opiniões reais.É preciso, portanto, ouvir o lado inaudível das coisas, o lado não mencionado, mas que tem o seu valor,pois é o lado mais importante do ser humano... "



A moral q retirei desta história foi que por mais palavras que nos digam, mais elogios/críticas q nos façam nunca nos sentiremos realmente completos ao ouvir tais sons e palavras[falo por mim...] se nunca ouvirmos o inaudivel, o som dos sentimentos e das acçoes...nunca seremos boas pessoas, compreensivas e realmente humanas! Oiçam o inaudivel, percebam o imperceptível....tenho a certeza q vos/nos irá ajudar para o resto da vida....